Da minha janela olhei a rua de sorrir,
de onde plantei arvores imaginárias,
tingi o céu de amarelo-ouro,
pintei as estrelas de azul marinho.
Da minha janela olhei a lua dos meus sonhos,
apaixonei-me por um anjo que passou,
tinha asas brancas como a paz,
a pele de porcelana, nos olhos, amor.
Da minha janela olhei a jaula onde estava minha vida,
vi minhas tristezas abraçadas com as sombras,
a felicidade pendura bem no alto pra não alcançar,
os pássaros sem asas, como minha liberdade.
Da minha janela olhei a lágrima enquanto descia o rosto,
não chorei como antes e nem como amanhã,
vi que meus cabelos mudaram de cor,
os olhos mostraram a falta de vida.
Da minha rua olhei para minha liberdade,
caminhei mais uns passos e vi a felicidade,
agasalhei todo o amor que pude encontrar
e caminhei, para muito longe daquela minha janela.
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