Vestia-me de sonhos, que tramava,
Para despir-te a blusa da euforia
E beijava os teus seios de magia
Que a minha mente louca imaginava.
Sobre os lençóis que a noite amarrotava,
Meu corpo, abandonado, adormecia,
E a ilusão que sentira se esvaia
Quando a chama do sonho se apagava.
E na minha cabana junto ao rio
Escrevia os poemas do teu cio
Sob a luz do luar de muitas luas...
Na cama que tirei do meu tinteiro
Ainda há entre nós um travesseiro
Cheio das minhas penas e das tuas.
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