quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Deixem-me assim

Não me salvem desta vida,
sim, houve tempestades anteriores,
o amanhã é plano sem nexo,
os anjos não existem sem os horrores.




É minha a vida que carrego,
pertence a mim o sol que vejo,
a lua que passa na noite, mal ou bem,
meu corpo ali, quando amanhece beijo.




Não precisam me escutar,
nem ao menos ler meus lamentos,
não escrevi nada para depois,
sou avesso aos testamentos.




Não sei porque amo a noite,
talvez por ser feminina,
uma mulher impetuosa e má,
ás vezes amante, ora, menina.

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