segunda-feira, 9 de julho de 2007

TÉDIO

Vai vento que sopra nas ramas
Leva p'ra longe do que inflama
O gelo que embalsama
Meu intrínseco talvez.
Corre os vales e as campinas
Torna-me suave menina
Com a meiguice na tez.

Corta a fase que implica
Tanta lógica em metafísica
A envolver meu viver...
Ah! que vontade de nascer,
Ser fonte e virar regato
Correr vale seguir no mato
Sem nunca me dissolver.

Mudar em mim falsos rumos
Seguindo com o mesmo aprumo
No rastreado a sorrir...
Faço desse os meus sonhos,
Mesmo que às vezes
tão tristonhos
Não querendo me incluir
Dá vez a um tédio medonho
Que busca ser enfadonho
Rugindo em torno de mim.

Calo essa dor e absorta
Crucifico em minha boca
O clamor que há de vir
Gritando ao mundo a saudade
Abstendo o mal que me invade
Só para te ver feliz...

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