Morrer é apenas ficção
máxima que foge à razão
morro sempre,
a cada instantenos abalos do coração.
Morri um pouquinho algum dia
quando meu sonho primeiro
segredou-me na surdina
que não era verdadeiro.
Morri depois mais e mais
ao passar pelos meus dias
no ouro que me faltou
no grande amor que eu perdia.
Nessa trilha fui morrendo
um pouco aqui, um pouco lá
mas nem por isso sofrendo
a morte eu sei encarar.
O que não posso e não quero
é morrer tão tarde assim
por amor tão grandioso
que eu nunca conheci.
Morro sim, se me deixarem
pelo amor que eu cultivei
gaivota no estuário...nesse mar me sepultei.
Mas sigo em frente morrendo
com meu riso a me ajudar
nunca serei infeliz
só porque não soube amar.
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