Flor dos meus amores,
antes que te entregues ao fim,
responde aqui para mim:
por que a alma dos poetas
têm que ser tristes, assim?
Afinal, eu não entendo...
temos almas coloridas
e corações perfumados,
mas vivemos doloridos,
rostos de pranto orvalhados...
Eu sei que, igual que tu,
também somos vulneráveis
a um limite, tempo incerto...
Será mesmo inevitável
sentir a morte tão perto?
Não quero sentir assim,
ó, flor de doces encantos...
Quero sonhar um instante
que são eternos os cantos
que tiro de dentro em mim...
´Inda eu quero, uma vez mais,
o teu perfume aspirar,
pedir - te que não te entregues...
Deixa que a brisa carregue
nossas dores pelo ar...
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