domingo, 29 de julho de 2007

folha única, alma solta

Justamente assim, folha única...
Forma supostamente que nunca fez-se fim.
Distante das vitrines, e luzes de neon,
eu e minhas verdades na noite deserta,
num falar franco, forma concepta,
adentramo-nos por entre as entrelinhas,
por entre os entretantos, que são tantos,
mas não conseguem fragmentar o encanto
que faz-se presente no que de aroma,
meu coração exala.
No teor das rimas e versos,
nas quais minha alma resvala...

Única folha...
Ou talvez verdade tanta
que pelas vertentes,
liberta a voz e canta...
Como fosse mágica melodia
que imersa em cintilante estesia,
refletisse em luz ávida a vida,
vestida de prece aberta em frondosa romaria.

Única folha,
início de vários dias...
Sem resquícios ou indícios de desenganos.
Distante de quaisquer sinais de leviandade.
Um desejo de maior idade,
que não mente, pois não somente arde
mas invade, abarca, traz felicidade.

Folha única, semi-seca,
que em suas nervuras
carrega os segredos e medos,
de tantas desventuras
que transformar-se-ão em venturas,
pois que agora
pode voar para onde lhe aprouver.
Porto para o que vier.
Fonte de bem-me-quer...

Folha única.
Alma solta...

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