segunda-feira, 9 de julho de 2007

CONSTANTE LEMBRANÇA

Sofro neste vazio que deixaste,
Quando partiste sem dizer-me adeus....
É um vazio triste, meu pai.....
Um vazio que a tua ausência criou
E que não sei,Se realmente é um vazio.
Não sei,
Porque nele transitam lembranças,
Agasalha-se a saudade,
Como brasa, no meu peito.
Se for um vazio, tem sons,
Pois ouço ainda o éco da tua voz,
A me educar, quando criança;
A me aconselhar, quando jovem,
A me consolar, quando adulto.
Hoje, sendo pai, sei o que é ser pai:
Rodeado pelos filhos,
Recebo carinhos que não te dei,
Sorrisos que não te sorri.
Meu coração chora, meu pai,
Porque eu queria te abraçar agora...
Espera-me aí , meu pai...
Não sei se vai demorar ou não
O nosso reencontro,
Mas eu quero me achegar de ti,
Para dizer-te coisas que eu não disse,
Para ouvir de ti, coisas que eu não quis ouvir.

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