Nem sei se o que o bate à porta
do meu corpo,
são sonhos em claustro
ou um rastro lusco-fusco,
do que se fez torto
quando se espargiu o opaco.
Eu somente sei que o arrastar
dos elos das correntes,
pelo escuro calabouço
fazem-me divisar no nada
o que agora parece ser o todo,
de forma macerada...
Nem creio
que o meu receio de ser
tenha algo a ver,
com minhas preocupações na carne...
Eu somente sei,
que o cerne da minha vertente
não condiz com as sementes,
onde o ódio frutifica...
E covardemente, fica...
E diante da velha face
que sempre se fez cintilar feito realce,
minha preocupapação aumenta...
Não sei até onde minha coragem me sustenta...
Nem sei se o orgulho de ter cumprir
o que escrito se ostenta,
até quando fará com que eu suporte,
caminhar por pedregulhos, entulhos...
Mas sei que algo sempre me impele a vencer...
Não por um torpe motivo qualquer de envaidecer
mas principalmente por não deixar querer fenecer,
a semente que ao se proliferar,
fez-me viver...
Mas chego lá.
A fé que me inebria
é feito a luz do dia,
que teimosa reflete e se irradia
nos raios cintilantes do sol...
Pode ser que me perca do caminho...
Pode ser que eu termine irremediavelmente sozinho.
Mas a velha senhora,
que cada vez mais lúcida se arvora,
que me protege e que comigo mora,
não irá embora...
Nem que eu tenha de deixar se preciso,
todo o meu sangue esvair-se...
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