As minhas noites nunca são vazias,
Nem sinto,- quando à sós - a solidão...
Pois faço, do silêncio, uma canção,
Que vibra como acorde, nas poesias.
Tiro da mente o fútil pensamento,
Criador de angústias e pesares;
As minhas mágoas mando para os ares,
E vôo livre, rumo ao Firmamento.
É a poesia a minha terna amante,
Que, de mim, não se afasta um só instante,
E traz-me a paz sempre na hora certa.
Se deixar de escrever, eu sinto tédio,
E se tédio eu sentir, não há remédio,
Para a minh'alma tão febril e inquieta.
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