terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

SIMBOLOGIAS

Num bosque, que tem tudo de gótico,
desde suas árvores, meios despidas,
sem uma única folha sequer, que bem
poderia ser um sonho qualquer, longe
de tudo e de todos e sem contexto,
onde impera a humidade e o nevoeiro,
servindo-se do impulso de seu corpo,
descalços os pés, uma menina, brinca
de baloiço, no meio de nenhures.



Surrealista imagem, surge ante minha
pluma, e, penso, poder afirmar, que esta
menina, não existe, senão num quadro
simbólico, talvez mitológico, onde apenas
faltam as estrelas, pintando um grande
céu imaginário, onde então a natureza,
exigiria a sua real presença, em acordo
com o ser humano, que, neste instante,
é apenas figura dedutiva, a meus olhos.



E, entre o róscido, da imagem de fundo,
podemos ver a madrugada e um bosque,
esperando pacientemente que se dissipe
o extenso nevoeiro, e, que, o sol, espaço
venha a achar por entre galhos, até à raiz
das árvores, vencendo assim, o inverno,
que é a única verdade, desta fotografia,
pois há muito se concluiu, que, a criança,
é simples colagem, audácia de um artista

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