quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Arisca...

Sou arisca sim... Piso leve, sondo o terreno.
Como fera acuada... Que sofreu no cativeiro...
Se me provocam... Prego fogo, me defendo...
Não suporto papo furado e nem fofoqueiro...

Amigo pra mim... É coisa séria e santa...
Mas não me venha ser meio amigo...
Adular... Fazer média... Comigo não adianta.
Fico de prontidão... Ligada no enguiço...

Arisca sim... Pois dos tapas, perdi a conta...
É uma conversa mole, um tal de que-ri-da...
E tome ferro e faca pelas costas... Amiga...
Jamais se viu... Tanta farsa e tanta intriga...

No fundo... Dou risada... De tanto papel
Ridículo... - E ainda pensam que é bonito.
Falar mal da vida alheia... Só dizer besteira,
Inventar para a galera e fazer o maior agito...

Sou arisca sim... Destemida e boca dura...
Nem adianta provocar... Arreliar... Saturar...
Sou cigana tinhosa... Bichinha valente...
Chorar? - Me ajoelhar?... Só para rezar!

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