quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Minhas guerras

A vida não pára o tempo,

temos guerras internas

quase sempre sem vencedor,

as dores atravessam a carne

e descansam na alma.





Sei que posso ser melhor,

fazer meu caminho seguro

quase sem me perder,

seguir atalhos bons ou ruins

até meu destino final.





Nas noites me sinto cansado,

amanhece, o dia é o mesmo,

a vida desgasta a carne,

mas não divido com outro,

espero não me quebrar ao meio.





Ouço vozes que me dizem louco,

em gritos peço nas orações,

- ajudem-me nesta guerra.

Não consigo mais lutar sozinho,

meu espírito já não tem me defendido.





Não paro agora, não pra morrer,

sou a guerra que a vida me deu,

o remédio das minhas feridas,

ouçam, escrevam minhas palavras,

vencerei, não importa a morte.

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