terça-feira, 10 de julho de 2007

virá?

Repentinamente após abalroar
quero voltar à rota.
Uma vontade firme e infinita de navegar
eis o que minha alma comporta...

Quem chora, ao se desarvorar
tange em lágrimas o arrependimento?
Quem chora, ao se ver chorar
faz do canto eterno lamento?

O sol brilha além.
Eu dele, estou aquém.
Mas quem sabe
uma brisa de mim se apiede
e me me entregue a um vento breve,
que me leve
forma solta e leve
a retomar meu navegar,
longe de pedras, maremotos,
ou vontades que tendem a não se completar?

Vejo que mesmo entre brumas
a luz, faz-se reverenciar.
Reflete-se divina nas águas,
fazendo-se lenitivo de abrandar minhas mágoas.

Enquanto isso luto...
Enquanto em minha mente
o pensamento desliza,
fico aqui tentando,
aguardando a ajuda da brisa.
Sinto que ela virá...

Virá?

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