terça-feira, 10 de julho de 2007

ASSINALADOS

Quisera um dia o luar ser apenas flor sem véu de dor
curvar estrelas nas alvas ramas em verões e primaveras
recompor nas cordilheiras duas metades numa só esfera
enaltecer um só nome ante terra e céus em todo alvor.



Uma flor-de-cerejeira num triste sorriso o verso suspirara
na invernada aos longínquos montes qual suave nevoeiro
atravessara a ponte e em brisa beijara o rosto do guerreiro
que em lilases às rosas entrelaçadas, a alma dela adentrara.



Naquela noite a lua, a última lágrima deslizara ao solo
e na neve dos campos prostrada ficara qualquer tristeza
que insistira em permanecer ou rolar dos negros olhos.



Menina-mulher, uma cadente que ora floresce apenas amor
à sombra do fado que nas cordilheiras e riachos é fortaleza
onde o leque está assinalado pela espada do único senhor.

Sem comentários: