quarta-feira, 4 de julho de 2007

VELHA CONHECIDA

Minha querida e amada,
mulher deste mundo virtual,
amiga de tantas noites insones e calmas...
Não sei do teu rosto,
desconheço teu corpo,
sei de tua alma...

Esta tu me entregaste aos
poucos e a minha a ti
entreguei também!
Basta-me, creia, é o melhor que tens!

Minhas poesias são as minhas palavras...
Se de amor falarem, são histórias
vividas!
As tuas, a tua própria voz,
respondida...

Assim, na solidão de nós,
divagamos em sonhos tantos...
Aí vejo o teu semblante,
sinto em mim os teus encantos!

Estás sempre tão perto, sempre...
Apesar de ausente!
Estás tão dentro de mim...
Presente!

Às vezes, penso estar enlouquecendo...
Quando tua alma não senta aqui ao
meu lado!
Quando em minha caixa de entrada não
vejo qualquer recado...

Onde tu estarias nesta noite fria?
Nas ruas que nunca passei de tua cidade...
De mim, será que lembrarias
quando tiveres uma pontinha de saudade?

Será que quando tragares o teu cigarro
e deixares a fumaça em rodinhas...
Estarás imaginando trazer os teus beijos
ao encontro das minhas?

Quando tragas um vinho
com alguma amiga,
num passeio qualquer pela cidade...
Lembras dos nossos beijos cibernéticos
e sentes saudade?

Ah! Minha querida e amada...
Sentes a minha alma ao teu lado?
Quando caminhas indiferente pelas
ruas...
Meu olhar azul da cor da lua?

Quero-te um dia real!
Não tenhas medo quando vieres...
Somos velhos conhecidos!

Além deste mundo, muito além...
Já foste minha, querida!
Não tenhas medo quando vieres...
Traga apenas tua alma inteira,
minha velha conhecida!

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