domingo, 22 de julho de 2007

sou rico "mêrmão"

Olho mesmo.
o mar é meu, sacou figura?
Eu sou rei dos reis.
Curto de monte todo esse horizonte,
porque sei que sou ponte...
Sou o presente que se faz instante,
e cruza no tempo
com todas as nuances que ele apresenta
e traz no vento...
Daqui eu "saco" todos as "paradas".
Eu sei que inda vou levar um avião
de porretadas...
Eu to sabendo que vou ser pisado,
macerado, vilipendiado.
Mas nada disso interessa...
Se querem me enforcar com pressa,
tudo na boa, "demorô"...
Agora seguinte,
tenho a natureza
e os lances de beleza
que ela me traz...
Sou chegado da paz.
E sempre quero mais.
De repente vão me taxar de doidão,
tô ligado.
Vão querer enfiar goela abaixo,
aqueles lances sujos,
de "flagras" montados.
Mas sou pensador falou?
Longe de ser caramujo,
não tenho esse lance de casca,
eu sou assim,
desleixado, mal arrumado,
mas com vida postada a nu...
E tem mais
corro a favor do vento,
e tenho meu norte, meu sul.
Aí "mêrmão",
de repente pode ser que eu desperte,
a malfadada inveja.
Pode ser que me concebam uma parcela
sem peso.
Mas num tô preso,
tá ligado?
Eu vôo...
Tenho asas,
ao invés de correntes.
"Filosofo", dou meus pulos,
e presta atenção irmão,
VIVO!
O que vem perseguindo isso
é simplesmente uma questão
de uma perversa não aceitação,
de constatar que vivo num palácio,
tipo "cobertura zona sul",
mesmo com minha verdade nua.
Mesmo sentado no mundo,
vivendo na rua...

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