quarta-feira, 30 de junho de 2010

O FLORESCER DA VIDA

É possível que nossa vida componha-se

de quatro estações existenciais,

assim como se fora as quatro estações do ano, compostas pela primavera, verão, outono e inverno, apenas com uma marcante diferença, quando as estações existenciais de nossa vida são inversamente opostas às estações do ano.

Assim a nossa vida tem início no inverno da existência, passando pelo outono fecundo,

quando atravessamos aquela fase da criação e do amadurecimento, seguindo para a fase do aquecido verão existencial.

Aí nessa fase, é onde entramos na estiagem

e passamos apenas a viver com o cultivo das fases anteriores.

São as fases das lembranças, das contemplações e recordações.

Depois adentramos aquela fase mais linda,

a fase da primavera da vida, a idade das flores, a idade do belo, dos sonhos e das cores. Essa é a fase que nos tornamos novamente criança.

A inteligência nos aflora com mais nitidez

e a compreensão da vida é mais bela,

cheia de sonhos, repleta de ideais e subjetivas criações.

Damos cores a tudo que vemos,

e absorvemos no coração lindos amores.

Nessa fase somos crianças envaidecidas por amar e ao mesmo tempo, somos adultos, porque soubemos tanto a fase do amor esperar. Essa é a estação da vida, que em nossa vida torna-se mais objetiva, na própria subjetividade, porque os abstratos não são apenas o impalpável, mas se tornam sólidos e visíveis, tanto quanto o sentir invisível do amor. Essa é, ainda, a fase primaveril, a estação das flores, dos sonhos em plena puberdade da existência.

É a fase da primavera existencial, quando na alma floresce e desabrocha o verdadeiro amor, pacientemente esperado e nessa fase alcançado.

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