sexta-feira, 11 de junho de 2010

AO MAR

Entre o marulhar das ondas
cavalos de espuma
desaguam à beira mar
trazendo o canto insólito dos búzios.

Meus olhos fitam a horizonte
o azul do oceano a compor
belas melodias e os portos
onde vai amainar seu alimento.

Meu pobre mar reveza-te
o sonho azul e grandioso e
ficam-te os corais destruídos pela mão
do homem que não te respeita.

Mas quando o sonho é grande
tudo se consegue
e galgos vão por cima das ondas
a todo o galope até à beira praia.

As dunas estão assoreadas
é preciso o enfoque da palavra
aqui para que a areia seja
reposta como o bem-querer.

Navegam por ti pontos negros
de navios e tu vais levá-los
a bom porto na ida e na volta
vindos de lá detrás do horizonte.

As gaivotas alimentam-se de
teu peixe graúdo ou miúdo
e é emocionante a cena ao
entardecer de tudo que tem fim.

Oh, mar, da minha infância
quem assim te quer mal
serão a tua força para continuares
no teu fluxo e refluxo.

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