sexta-feira, 11 de junho de 2010

NAS MÃOS AÇUCENAS

Nas mãos açucenas, na boca uma rosa,
beijo presumido na distância…
roubaste-me os lírios e a prosa
que eu te quis deixar com elegância.

Nas mãos as tuas mãos a conceder,
o espaço que vai entre mim e ti,
amor é fogo que arde sem se ver
e eu que só te quero ao pé de mim.

Na fonte branca de pedras antigas,
teus pés descalços por sobre a erva,
fazem alusão a mil cantigas,
com o toque acentuado de Minerva.

Meu amor por ti não tem fim,
é um renovar a todo o instante,
e eu puxo-te para junto de mim,
para que de ti não me julgues distante.

Nos meus braços te acolho mulher,
menina e moça de meu coração,
se eu julgar o que ela quer,
intensa será a nossa paixão.

E tu acolhes-me em teu regaço,
no colo sempre protector,
e estes versos que aqui te faço,
falam de nós e de um grande amor.

Nas mãos açucenas, na boca uma planta,
jasmins e nardos a condizer…
que tudo aquilo que nos encanta
é o nosso testemunho: viver.

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