terça-feira, 15 de junho de 2010

A MÁGICA DOS RELACIONAMENTOS

A MÁGICA DOS RELACIONAMENTOS

Marcial Salaverry




Com a mais total e plena certeza, este é um dos assuntos mais polêmicos que existe, pois envolve algo que é regido mais pelas emoções do que pelo raciocínio.

O fato de gostarmos de alguém, seja por uma amizade, ou por amor, as vezes contraria toda a lógica do mundo. Gostamos e pronto. Por que? Ninguém consegue explicar, e tampouco entender...

Todavia, para as questões do coração existe um perigo enorme, pois existe a possibilidade de nos envolvermos com alguém que acabe ferindo nossos sentimentos.

Por incrível que pareça, o impulso da paixão é a coisa mais perigosa que existe, pois nos leva por vezes a atitudes impensadas, com algumas possibilidades de "quebrarmos a cara".

Portanto, antes de "cairmos de quatro" por alguém, sempre é necessário algum conhecimento firme sobre a personalidade da pessoa, para saber se é realmente a famosa "outra metade da laranja".

A paixão é má conselheira. Sempre devemos ouvir a voz da razão antes de nos ligarmos a alguém. Nunca se esqueçam de que para que um relacionamento possa frutificar, os parceiros devem justificar o nome, serem parceiros. Devem completar-se mutuamente.

Por vezes, um dos parceiros acredita que cedendo totalmente à vontade do outro, será a melhor maneira de uma boa convivência, mas não é por aí, pois as "regras" que devem reger uma boa convivência seguem outros caminhos. O que deve haver é um acerto, uma espécie de acomodação de personalidades, devendo cada qual ceder um pouco em nome de uma boa vida a dois.

Não se esqueçam de que uma personalidade muito tempo sufocada, um dia se rebela, e reage contra a dominação, com consequencias nada boas.

A regra básica (se é que pode haver alguma regra), tem que ser regida pelo bom senso.

Os direitos e os deveres devem ser divididos. Ambos devem agir como companheiros, caminhando lado a lado.

Li outro dia algo que reforça bem esse aspecto. É uma parábola comparando o casamento, ora com o frescobol, ora com o tênis, que é muito interessante. Resumidamente, o frescobol é um esporte em que parceiros se completam, um procurando facilitar as coisas para o outro, visando manter a bola o mais possível no ar. O tênis, contudo, é um esporte de um contra o outro, visando dificultar ao máximo a situação do adversário.

Assim são as coisas no casamento, nas questões do amor. Quando os parceiros formam uma dupla que pretende "manter a bola no ar" o maior tempo possível, as uniões podem ser duradouras e gostosas. Se, todavia, são adversários, cada qual procurando mostrar sua superioridade, aí a coisa pode se complicar, e a pobre bovídea rumará placidamente para a região pantanosa...

Volto a bater numa tecla que já está ficando gasta. O que nunca pode faltar num relacionamento maduro (não se pode deixá-lo apodrecer), é o DIÁLOGO. Através dele, uma feroz partida de tênis, pode se transformar em um gostoso jogo de frescobol.

Bem, não me considero dono da verdade, ou coisa parecida. Simplesmente com base na experiência e nas observações feitas creio-me habilitado a dar alguns palpitezinhos sobre a vida. Enfim, cada qual onde lhe aperta o calo, devendo apenas bem usar o livre arbítrio, entendendo apenas que num relacionamento maduro, o outro deve ser um acréscimo, e nunca um complemento, assim, você deve completar o seu amor, e não simplesmente complementá-lo abdicando por isso de sua personalidade.

Bem amigos, para terminar, resta-me desejar que todos tenham UM LINDO DIA.

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