segunda-feira, 2 de julho de 2007

Prisioneiro

Pobre homem que despeja dos traços tamanha desilusão.
quisera alcançar os seus anseios e seus dissabores à tona,
destroçar tuas grades e despertar tal prisioneiro do coma,
onde todos os males adormecidos agora choram na prisão.



Um chamado tristonho ecoa no peito e retorna dilacerado,
qual esta ferida severa que sangra nos olhos semi-abertos,
e perdido de amores, foge de si, um tirano disfarce incerto
tentando esquecer a gêmea alma, co-ré de um são pecado.



No semblante marcado de medos, o adorno dos rejeitados,
à tatuagem dos filhos de ninguém num sorriso triste e reto,
qual cicatriz de mágoas forjando na boca aberta o decreto
da cela medonha onde fora o teu ser de barro massacrado.



Prostrado ante os pesadelos e quimeras e brilhos de grilhão,
ele chora sozinho nas noites fiéis das solidões tão assassinas,
tentando apagar o passado errôneo bordado em notas e sina,
tocando às angústias na corda desafinada de um senil violão.

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