Ah, quem dera, navegar em tuas águas,
Ó Tejo, de minha terra!, conhecer novos
Mundos, atravessando mares e fráguas,
Riquezas incomensuráveis, outros povos.
Ir por esses oceanos afora, descobrindo
Novos costumes, outras línguas a varar.
E quando o gentio, de sua tez sorrindo,
Viesse ao meu encontro, a me mostrar
Sua parcimónia, haveria de me parecer
Com ele, e, entrando na dança frenética,
Com panos me vestiria, pra não ofender.
E dançando toda a noite, aos ritos tribais
Me entregaria, com toda a sua fonética,
Ao encontro dos meus citadinos umbrais.
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