sábado, 21 de julho de 2007

Om Mani Padme Hum

Cruz do não saber, acarinha este meu quase dom,
dá-me um horizonte iluminando tão vasto poente,
deixando um rastro de milagres para estas gentes
numa fé qualquer, talvez... Om Mani Padme Hum.


Vejo a miséria em tantos olhares, chora o bom!
Nas ruas e nas vielas, cai o velho em abandono,
enquanto a criança espancada pede ao seu dono
um pouco de amor. Vem! Om Mani Padme Hum.


Um pão não vinga a fome nesta fila de exclusão,
faça então, Senhor, pela Tua mão um gesto opimo,
sanando as desventuras, minhas e do meu próximo
em um mantra de vida. Oh! Om Mani Padme Hum.


Repiquem o ouro do sino diante da glória do tom,
hão de rirem para as colheitas, os muitos devotos,
quando as chuvas trouxerem as bênçãos dos lótus,
a qualquer ser sem luz. Ó, Om Mani Padme Hum!

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