quarta-feira, 4 de julho de 2007

Muito prazer

Deixe minhas mãos estendidas sobre o seu corpo,
sinta-me perto, ofegante, cada vez mais excitado,
espalho o desejo infiltrando meu calor pelos poros,
erga os olhos devagar, as pernas, faz sonhar, provoca.


Quero ancorar seu corpo bem colado ao meu,
começando bem devagar, como se fossemos um,
sinta como cresço perto de você, dentro,
dou-lhe asas, voe, vem para o nosso céu de prazer.


Toco-te como em uma estrela única, minha, fêmea,
é rosa vermelha e doce do meu jardim encantado,
cruze as mãos sobre minhas costas, abrace-me forte,
com braços, com pernas, com o corpo, com a alma.


Role seus sonhos sobre a cama, embrulhe-os no lençol frio,
deixa que aqueça seus desejos, faço-os muitos,
quantas vezes pedir, quantas vezes disser não,
vou subjugar seus ímpetos, roubar seu prazer pro meu.


Prenda-me com força, segure-me dentro até o gozo,
deixa as luzes acenderem, os relâmpagos, os gemidos,
somos o centro, a carne completando o meio com outra,
enquanto o calor corre o corpo, queima, delirando e sufocando.


Ofegante, procuro louco sua boca, os tremores não têm pausa,
preciso do descompasso do êxtase, a fúria gostosa,
abraço sua cabeça, seus dentes correm, escorrem minha pele,
somos o centro da paixão, única razão dos corpos loucos.

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