sexta-feira, 6 de julho de 2007

em sintonia com o cosmo

Arraigado no que se faz etéreo,
abjugado de um pressuposto fato místico
ou um arranjado mistério,
eis que adejo...
Meus desejos
sendo os teus desejos,
dividem-se em ensejos
espocando em meu mirar,
visagens que inebriam-me
enquanto as vejo.

A ode que se solta,
faz-me supor além...
Mansuetude e paz que reverberam,
e sem revolta,
emancipam-se nos trinares da leve melodia...

Nesse instante exato
que roço o orbe do que encanta,
levando-te inserida,
-uma parcela imensa de minha vida-
pois que teu amor sustenta de minha canção
os dós, os sóis,
os fás sustenidos e mi bemóis...

Tenho o instrumento
agregado ao meu senso,
que sublima o lógico
e intenso,
faz-se viagem de alma...

Agrego-me,
- modo profundo -
ao que entendo como mundo
na sua mais extensa elevação...

Nessa sintonia,
minha vibração costuma passear pelos dias
e recolher flores bem coloridas,
e as mãos tuas,
- faço questão, no tempo/espaço
que flutuas -
as entregarão para a noite.

Vibrações fazem -se vertentes,
de almejada e sonhada sintonia...
Já não sinto o meu corpo.
Meu projeto de estar-se solto,
faz-se do toque...
Da melodia, da acalmia,
que agora permeia,
tudo o que eu sinto,
e meneia
por percursos onde corredeiras,
carregam na cristalinidade,
toda a forma livre de se viver em liberdade,
como se corpo cósmico fosse
bailando pela veracidade,
do que se faz eteno,
pois que sempre a curva mais próxima
alonja o mirar,
de um mirante cujo o infinito é o cime
Eis que fluo,
deixando fluir a música.
Eis que volito,
possuindo-te no modo infinito.
Enquanto as notas,
dançam por nós...

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