terça-feira, 17 de julho de 2007

Deixa estar felicidade

Deixa estar felicidade mesmo no inverno eu te busco,
a bruma beija o amanhecer e tão logo o sol cintilar
aqueço o corpo anoitecido e cedo à noite quanto amar
no aconchego que esquece tais desoras onde me ofusco.


Deixa ficar o réu da hora aliciando o mel do escuro
e tais penumbras mundanais beberão desta calmaria
aniquilando a sede hostil no eclipse da alegria,
que há de vir tão furiosa derrubando o véu dos muros.


Deixa sonhar a refulgência vestindo toda igualdade
e assim, o despedaçador deste relógio remisso,
partirá ao descaso e eu caminharei por onde derriço
rindo ao mirante do teu olhar... deixa estar felicidade.

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