Solo de cristal que emborca à paisagem
deita no horizonte, dos lábios o carmim
nas enseadas beija brumas, céu e jardim
perpetua mãos no painel em tatuagem.
Reclina em abraços ao mar de calmaria
despindo sépalas entrega aquele segredo
oculto entre doces e purpúreos vinhedos
onde seixos abraçar-se-ão em sintonia.
Terra em tremor, ondas na arrebentação
nas enseadas insinuantes um eterno laço
enleia sol e lua, alvor e poente em coesão,
revolve águas nas curvas do manso regato
adormece no oásis, todo e qualquer espaço
entre o real e abstrato, o completo e exato.
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