quarta-feira, 11 de julho de 2007

começar outra vez

O que me faz crer
piamente,
forma consistente
que a vida persiste
e o Todo consiste,
é justamente a certeza
que se erige,
daquilo que nos referencia,
faz-se vetor, nos dirige:
a alma.

Quando concentro-me
e anulo o meu redor,
abeiro-me pelas trilhas
doiradas de minhas viagens
agora já maduras e plasmadas,
e consigo sentir,
que o acreditar em mim
- forma plena -
ainda vale a pena...

Eis que no limiar
do confuso emaranhar,
de minhas questiúnculas,
- cujo somatório, prenuncia
a ascensão de uma grande
questão -
mergulho-me...
Propositadamente faço-me submerso
no que reflete o meu reverso.
Pois que conhecer-me,
consiste indagar-me amiúde.
Buscando colocar-me num vale
de qualquer cor, onde o ambiente não ilude,
ao contrário,
faz sublimar de maneira involuntária,
o plasmar do que se faz percorrer,
em nosso ser inteiro.

É quando surge inconteste:
a impossibilidade de não podermos fugir.
Minha alma/corpo,
perante minha alma/corpo...
Não existe uma possibilidade
de percorrer um caminho torto,
pois que quando andarilhos,
escolhemos nossos trilhos e trilhas
apoiados pela lucidez,
com a qual nos vemos.
E aí voante faz-se a insensatez.
Parte célere o talvez.
E o que se faz consabido
realmente é o caminho escolhido.
Ávidamente percorrido.
Que nos deixa sem o poder de queixa,
pois ali, num percurso de lógico curso,
sabemo-nos...
E plenos de nossas verdades,
com a vontade eclodindo na tez,
temos que refazer nossas jornadas.
E na maioria de nossas pseudo-chegadas,
temos que voltar ao nada,
temos que começar outra vez...

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