sábado, 7 de julho de 2007

ao longo

O que se faz mais explicito,
- modo lícito -
talvez nem seja o que de mais destacado
se aflora...
Pois o que se fará, pode não ser afeito
ao que se faz no agora.

Na amplidão das lacunas
que o vento/tempo forma pelos algares,
solos áridos, mares, dunas,
unidos ao que somos sobrepõem-se,
remonta de muitos lugares...

Por isso minhas remembranças
sempre presentes estão em minhas andanças,
pois que denotam a sapiência
de ter enfrentado sismos e procelas,
sem sequer saber do porquê da
existência deles e delas...

O movimento dinâmico
do que se nos apresenta no cotidiano,
é do palco a cortina, o pano...
São contínuos atos
onde sazonalmente repetem-se
similares fatos...

A verdade está sempre de cara...
E coisa rara,
dela não sentimos o aroma.

Estaria minha vida entregue
à vicissitude da mentira?
Não creio, que isso seja vero,
nem de forma leve, breve...

Prefiro mirar de longe...
Ao mesmo tempo perto
e ao longo...

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