Vá indolência, sai de mim,
vá morar no infinito da tristeza,
pois minha alma com certeza
quer amar, conceber, parir
a imensidão da beleza
que a poesia me faz sentir.
Vá atormentar a escuridão
daqueles que não querem acordar
para voar,
cantando através de versos
todo o pungente amar.
Vá indolência, vá embora,
porque já não vejo a hora
de transbordar no papel
toda a riqueza da vida
com poesias a granel.
Vá habitar outras almas
que te querem por companheira,
pois aqui nestas paragens
tu não encontrarás ancoragem:
... tua visita é passageira!
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