sábado, 23 de junho de 2007

A VIDA

Orvalha glórias, prantos e encantos
aterrissa nas asas de amor e dor
autografando os rios em rubra cor
e cada dia reverdeja aquele manto.


Alterna entre o bem e o mal exposto
em palavras e actos administrados
nas sendas das vitórias ou do pecado
ao deitar outro verso sem endosso.


Austera! Modera segredos e quimeras
intercalando em metáforas alvas flores
no tempo-espaço onde o traço reverbera,


e estremece assim os veios murmurantes
das almas transparentes que nos alvores
pincelam gotas e prosseguem sem o antes.

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