sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Minha vida

O impossível pensarei depois, no outono,

hoje sou primavera, vida colocada no lugar,

às vezes posso, às vezes deixo pra depois,

como jardim, germino cada dia, cada ação.





Deus é um homem que faz todas as músicas,

curva-se, como eu aos pecados primitivos,

não tenho coração de rei, somente coração,

que bate e descompassa por uma glória.





Tão lindo é o perigo, como o despudor da carne,

imagens insanas atravessam meus sonhos,

então soletro cada frase que ouvi noutra noite,

limpando a boca com o lenço virgem da moça.





Bate a porta uma certa escuridão selvagem,

tenho algumas saídas estratégicas, pela janela,

também entra o sol que aquece a cama,

e desfolha a solidão das noites de inverno-amor.





Bom quando amanhece e me aconchego no dia,

navego cada hora amando cada pessoa que passa,

poderia eu ser anjo ou apenas um amigo, mas,

sou ninguém, apenas um que ama a vida e vivê-la.

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