domingo, 21 de novembro de 2010

ENAMORAMENTO

Teus olhos encontram os meus,
de afectos eles se recortam,
e em silêncio o olhar não desdiz.

Poisada em tua mão uma rosa,
acabada de colher, abre-se ao sol,
enquanto descobres suas pétalas.

De carmesim são as tuas vestes,
chinelo no pé e flores no cabelo;
és a beleza e o encanto da aldeia.

E quando passo pela tua janela –
bambinelas a enfeitar-te –,
sou estes versos que tu escutas.

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