segunda-feira, 22 de novembro de 2010

POEMA EM LINHA

Urdo versos como quem tece
filigranas.

Levanto meu punho ao ar em
favor dos injustiçados.

Choro se vejo uma criança sofrer
na sua macia infância.

Rio-me de mim próprio nos espelhos
da vaidade.

Sou este e o outro e as demais
pessoas.

A liberdade é aquilo porque luto
em cada estrofe minha.

Colho dos amigos o fruto generoso
e altruísta.

Dou sem esperar nada em troca
basta-me um sorriso.

O passado ficou lá atrás e vivo o
presente como quem respira.

Não tenho saudades nem recordações
vivo no agora.

Amo as coisas até que doa e fique
gravado na memória.

Sou o verso do meu reverso que
conservo em silêncio.

As flores e os animais também são os
meus olhos limpos de impurezas.

Tenho de minha senhora amada
a genuidade de seu amor.

E assim vou na vida esperando o
meu voo.

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