segunda-feira, 22 de novembro de 2010

BRISA ENTERNECEDORA

Uma leve brisa, acaricia meu rosto
sofrido,
leva-me pelo caminho da liberdade,
em direcção ao rio, pleno de azuis.

Na orla é que me sento, observando
suas águas,
tão ou mais brilhantes do que as estrelas
refulgindo, quando é chegada a noite.


A lâmina da lua brilha no assentir dos espelhos,
fecho meus olhos
e retenho, dentro de mim, as cores
desgarradas, que o entardecer sói oferecer-me.

Sorriu para mim mesmo e acalmo as
distâncias,
que me levarão até ti, vendo-te dormir,
qual menina em paz, com sua infância.

Cai bruscamente a noite, detrás do horizonte
enternecedor,
e, a ilusão, traz-me de volta à realidade,
não sem antes te aconchegar e dar-te as boas-noites.

Soergo-me do entorpecimento e as águas
beijam meus pés
descalços, para assim sentir melhor a terra
e acolher teu corpo adormecido, que a brisa me trouxe.

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