sábado, 27 de novembro de 2010

Às vezes dezembro

Às vezes me sinto dezembro ou um verão qualquer,
com frio em sol de quarenta ou seco debaixo de chuva,
em uma manhã que se fez de noite numa saudade lá fora,
sinto-me como uma montanha indo até o mar.


Sou aquele louco que vai morrer bem depois,
virarei cada esquina que sentir o perfume dela,
retomarei meus ternos de risca de giz,
tornarei a ser aquele homem antigo que fugiu de ti.


Aceita-me como quiser, desde que me aceite teu,
continuo na vida que me dei para não ter breve vida,
não quero dias com pretos e brancos, preciso cores,
como flores que têm nos teus olhos de apaixonada.


Às vezes sou uma estação de ventos e tempestades,
vejo encantos nos lados de todos olhos loucos de amor,
quero meu corpo colado noutra alma, a que me ama,
como eu sempre amei, cada amor, cada sabor, cada dia.

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