sábado, 20 de novembro de 2010

A cor dos olhos dela

O matiz dos olhos dela é uma pintura,
Qual um lago urbano que, à toa, mentalizo.
O azul das águas completa a formosura
Do predomínio esverdeado, tão preciso.

Em seus olhos, vejo um lago cristalino,
Sem perder o verde, refletindo o céu...
E quando chove é seu choro repentino;
É saudade de mim, descendo seu véu.

A cor dos olhos dela esnoba a beleza,
Não acredito que se encontre outra igual.
O predomínio esverdeado é a Natureza,
Com a cor do céu no retoque final.

É um lago azul, de friso verde ao redor.
Manso, mas sempre sujeito a oscilação.
Às vezes, faz revoltos que sei de cor,
Presos aos ditames de seu coração.

A cor dos olhos dela foi o atrativo
Que me fez um cativo de seu fascínio.
Que me pôs no peito um lugar exclusivo,
Num coração à mercê de seu domínio.

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