sábado, 27 de novembro de 2010

PROSSEGUIR

Vou prosseguir meu caminho, sem olhar pra trás
Vou despojar-me do que me angustia, me fere e
me consome.
Vou encarar o tempo que me resta, sem culpas,
sem mágoas.
Não vou fechar a porta,
ainda haverei de tecer meus sonhos.
Ainda haverei de sonhá-los reais.
A sensação de eternidade, habitava só o
meu universo.
Por diversas vezes, estendi as mãos, na
esperança de reter o tempo,
reviver a sensação de amor saciado.
E as recolhia vazias, diante da efemeridade
do seu amor.
Sinto que não morrerei por ele.
Pra saciar minha sede, levarei seus versos.
Pra aplacar minha sede, terei o sal dos meus
olhos.
Pra adormecer as saudades,
recorrerei as utopias sussurradas nas madruga
das frias, quando eu acreditava no ardor da paixão.
Ainda assim haverei de tecer sonhos, pra alimentar
minhas fantasias,
e iluminar minha escuridão.

Sem comentários: