sábado, 27 de novembro de 2010

SE TE SOUBESSES QUE TE AMO

Se te soubesses o quanto te amo,
saberias quantas primaveras,
nascem em teus olhos.

Que o vento é brisa suave,
tocando teus lábios,
poisando suas mãos no teu cabelo.

Se te soubesses o quanto te amo,
não perderias tempo com esperas,
e correrias para meus braços, cheia de graça.

Virias com mãos de ternura,
colhendo as minhas,
aconchegando-as em teu regaço.

Aprazíveis se tornariam as noites,
em que o temor é grito
e os gatos se perdem nas sombras.

Se tu soubesses o quanto te amo,
dirias do tempo o tempo,
em que não estamos abraçados.

No meu peito se rasgariam rios,
e florestas encantadas,
se abririam, aos teus mais secretos segredos.

E no mais discreto alvor,
deitarias teu rosto no meu colo,
para que te disse-se baixinho, que te amo.

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