sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Diferente indiferente

Não sou indiferente a nada do mundo,
quero tempestades se vier,
caminho ruas mesmo sem ninguém igual,
sou igual aquele outro que antes passou aqui.


Vejo o tempo do jeito que eu quiser,
na mesma frase falo de amor, se quero,
falo mentira pro espelho do banheiro,
somos iguais a todos que um dia viveram
e beberam do mesmo copo que eu.


Quebro paredes que me prendem o ar,
preciso respirar meu prazer da noite que vem,
sou igual a qualquer outro que é amante,
sou mais igual que todos que não sonharam.


Sem marcas ruins, deixo minha mão espalmada,
porque os iguais vão embora se nem é noite ainda,
fico pra mover esse mundo e deixá-lo mais louco,
tenho que ser desigual e igual aos diferentes.


Quando amanhã morrer, quero que seja de amor,
há tanta gente que corre sem rumo pra não viver,
depois não adianta ser o nome da vez, se somos iguais,
eu sou o indiferente, igual e desigual a ninguém.

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