quarta-feira, 22 de abril de 2009

Inauditas Saudades

Nada de sofismas ou versos de efeito.
Eu sinto mesmo muita saudade...

É uma saudade que parece sem sentido
Mas tem sentido, sim!
É aquela saudade que entristece,
Saudade de mim criança...

Sinto, também, saudade de momentos
Que ficaram nos tempos de mim criança...
Parece loucura essa idéia fixa,
De não conseguir alijar da minha mente,
Esses momentos...

São momentos que podem parecer remotos,
E sem sentido...
Eles significam o teatro da vida de mim criança,
Peça que interpretei e senti felicidade
No teatro singelo do amor e da simplicidade
A peça da minha vida de criança,
O palco era o interior
Onde nasci e vivi no calor maternal...

Lá, eu criança tomava banho de rio,
Gritava entre cambalhotas e gargalhadas
E ficava a deslizar nas corredeiras
Sem hora para parar...

Lembro de velhas mangueiras
Do caminho do rio...

Issso é o que me faz sofrer
Que eu chamo de saudade inaudita.

Sem comentários: