sexta-feira, 24 de abril de 2009

Choros Outonais

Muros cinzentos... Tardes pagãs!
Rios frios, desmaiados, lamacentos
Flores de romã, os meus ungüentos
Molho que desfolho... Promessas vãs!




Partes distraído sem saber que fica
Na saudade meu pedaço de amanhã
Soturna cena a assombrar a vida
O vulto insepulto de feição malsã.




Choros outonais... Névoas e vertentes
O sino que se dobra torturado
Nas capelas como monges penitentes.




Não parta! Suplica a reza calada
À lágrima esquecida do passado
No beijo da primeira namorada.

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