terça-feira, 28 de abril de 2009

Corpo deserto

Arrasto sobre teu corpo deserto,
árido, seco, carecendo cuidados,
percorro cada pedaço explorando,
tateando, procurando pecados bons,
na descoberta de fonte quente e segura.




Transbordam tuas águas ao meu toque,
banha de prazer minha língua,
impura, confessa de tuas fragilidades,
cruza curvas, bocas e entradas,
como se fosse dono, como assim desejou.




O prazer aparece em cada olhar,
relâmpagos acendem e apagam,
um colorido de néon reflete nos olhos,
o gozo está iminente, puro e louco,
o antes deserto agora se alinha a germinar.




Teu corpo grita o meu, respondo, tomo,
misturo tua pele fina aos pêlos tensos,
chegando mais perto do riso de prazer,
escancara a boca e pede pra beber,
engula e lambuza o teu prazer do meu.

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