segunda-feira, 27 de abril de 2009

Amar-te...

Amar-te...
Na intensidade da luz do sol da manhã,
com o calor de um corpo louco e cego,
com a fome de consumi-la toda, adentro.


Amar-te...
Não por um simples desejo da carne,
mas por querer-te, por dar-me inteiro,
por saber esperar uma vida para tê-la.


Amar-te...
É ser gelo e fogo, um quente frio,
um desesperado querer que não sufoca,
a ansiedade de estar dentro e depois continuar.


Amar-te...
É sentir inteiro os cacos espalhados pela paixão,
que lhe roubem o sossego, as horas do dia,
na noite, não, se faz amor calado com beijo roubado.


Amar-te...
É morrer antes de cada encontro, nas despedidas,
sonhar cada gesto, cada palavra ensaiar e nada dizer,
querer-te não é simples, é completar o amor.

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