Mandou-me embora sem ao menos o adeus,
esqueceu meus restos de amor,
o gosto, o beijo, a boca, o abraço,
dizia que era sonho, dizia que era seu,
foi tempo de amor, foi tempo que deixou.
Não fecha a porta d’outras vidas,
não tenho fantasmas, não tenho corpo,
deixou o vazio dentro d'alma,
já fiz todas as promessas que pediu,
limpe meus rastros do corpo, só o que resta.
Jogue fora os lençóis, os travesseiros,
mude a cor das paredes do nosso quarto,
abafe a voz que ouve no meio da noite,
tape os ouvidos para não saber da minha vida,
enxugue o meu suor que grudou na sua pele.
Em uma noite qualquer desenhe na sombra,
meu sorriso quando falava de amor,
faz cópia do meu beijo e cole na boca da lembrança,
não vai mais sentir o calor úmido da minha língua,
rondando seu corpo, deixando meu gosto de amor.
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