Em noites frias, agraciadas pelo luar,
pode-se presenciar a eternidade de um amor.
Num jardim silencioso,
uma rosa aguarda por seu amante.
Amante que vem do céu,
seduzido pelo perfume da rosa,
deixa-se cair, em gotas cristalinas, sobre seu corpo
e escorrer lentamente por suas pétalas.
A lua, que tudo observa,
intensifica sua luz prateada
na intenção de perpetuar este amor.
No amanhecer, os raios de sol que iniciam o dia,
findam o namoro dos amantes.
A rosa, aguardará por seu amante,
que retornará em outras noites.
Mas um dia, ela, murchará,
perderá seu perfume.
Dela, somente as sementes
e o amor de seu eterno amante restarão.
O amante fiel voltará a procura de sua rosa.
Sem encontrá-la cairá ao chão,
ali padecerá em saudades,
alimentando os filhos do amor.
Neste jardim, filhas deste amor,
outras rosas nascerão.
Assim, em noites frias de luar,
pode-se presenciar a eternidade do amor
do orvalho com a rosa,
como um desejo da lua.
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