O amor resiste, desiste, acontece, recomeça,
é como noite fria e um corpo quente pra dividir,
uma luz apontando os olhos no fim do corredor,
um brilho que acende o sexo no ventre de amor.
Depois que adormece os sonhos vem o amanhã,
a cama fica com dois lados, duas temperaturas,
como se nada fosse durar, tudo é somente hoje,
inconsequente razão de se dar e nunca acabar.
Ainda tem o corpo que deliria na minha boca,
comprimindo a pele arrepiada de tesão,
dizendo palavras que mal se entende e tudo sabe,
como amolecer o céu pra deitar fazendo-o de cama.
Não existe razão que me faça voltar ao ontem,
prefiro revirar os avessos de outras mulheres,
correr um espaço a frente do meu hoje, nunca implorar,
fazer amor e seguir, sempre amor até algum final.
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