Seus cabelos já eram brancos como a neve, seus olhos castanhos tinham o brilho do sol e a ternura da sua voz não escondia a bondade de seu coração.
Antes que tu prossigas nessa viagem, disse-me aquele ancião, ainda tens muito que aprender. Quando assimilares a grandeza dos ensinamentos dos quais és ansioso, então tu estarás pronto e completo para prosseguir.
Que sente teu coração a respeito das mulheres, interrogou-me. Sinto o que qualquer jovem poderia e deveria sentir, respondi-lhe. E o que qualquer jovem deveria sentir? Amor! Exclamei. Tua resposta é sábia, mas não é tudo. Dever e poder sentir o amor, não é o mesmo que viver o amor. Para sentir o amor, basta que olhes para uma mulher, pois a mulher é a expressão do que vê teus olhos e sente teu coração, mas para que vivas esse amor, antes terás que proteger a inocência, pois essa, ainda é o maior bem que ainda reside no ser humano. Protegendo a inocência o amor será intensificado e fortalecido e por ele tu também serás protegido.
Olhei para a face rubra daquele ancião, sem dizer-lhe nenhuma palavra ou expressar algum gesto, pois meu olhar de admiração e respeito lhe falava de minha gratidão.
Agora eu sei que estás preparado para prosseguir na tua viagem. Vai, e que o amor esteja sempre contigo, disse-me ele.
E eu fui...
Aquele foi o último encontro que eu tive com aquele venerável ancião.
Estejas onde estiver meu pai, eu sei que estás feliz, porque o amor está contigo.
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