quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Solidão! Noite em vão

Pensamentos perdidos na rua escura;
becos sombrios gemem a total solidão.
Sentimentos soltos vagam na loucura,
levando sonhos à profunda escuridão.



Na selva de pedra fria e assustadora
o medo é tomado por ohos arregalados.
Acobertada pela névoa, a lua impostora
disfarça a sua pureza aos enganados.



Luzes de neon indicando a perversão;
anfitriãs mascaradas esperam a presa.
Hipnotizam como sereia e sua canção,
sangrando aqueles que não tem defesa.



Nas janelas, as sombras desconhecidas
vagam olhares sem saber o que buscar.
São almas tristes, confusas e perdidas,
sufocadas pela dor que as fazem sangrar.



O vento invade o quarto feito açoite
e tortura o corpo fraco já arrefecido.
E vai embora, ainda enquanto é noite,
largando flagelado um sonho fenecido.



E no último suspiro, a vaga lembrança:
Um céu azul e uma gaivota que revoava;
a correr na areia, uma menina de trança.
E no fechar dos olhos, alí, tudo acabava.



Fez-se na face, um rio de lágrimas salgadas!
O som da melodia foi aos poucos terminando.
Correm as horas sem rumo, mas apressadas;
O dia, cinzento e nublado começou chorando.

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